terça-feira, 25 de agosto de 2009

MANIFESTAÇÃO: quatro meses de investigação



Imagem: montagem com fotos captadas em pesquisa na internet




   Família de empresário assassinado realiza carreata  

     Será realizada nesta sexta-feira, dia 21, a partir das 14h30min, uma carreata em protesto por providências no inquérito policial sobre o assassinato do empresário Oriton de Souza Cardoso e de sua funcionária Adinalva Souza Dias. Os corpos foram encontrados no final de abril passado, em uma mata ao lado da Fazenda Ariranha, localizada às margens da BR-364, próximo ao trevo de Serranópolis. Os dois corpos foram encontrados nus, em avançado estado de putrefação e com perfurações de balas na cabeça e sinais de tortura, segundo a polícia.

     A carreata vai começar na Auto Escola Senna, na Rua Olavo Bilac, nº 11, e descerá pela Avenida Rio Claro, virando à esquerda na Avenida Goiás, de onde subirá pela Rua Zeca Lopes, virando à esquerda na Dorival de Carvalho. Depois de subir a Avenida Brasil, os manifestantes entrarão na Rua Castro Alves e encerrarão o protesto na Câmara Municipal de Jataí, que está apoiando a iniciativa da irmã de Oriton, Lenira de Souza Cardoso.

     Parentes e amigos das vítimas cobram da polícia a solução do crime, ocorrido há quatro meses. Por enquanto, ninguém foi indiciado pela autoria nem por ser mandante do duplo homicídio.

Texto: Francisco Cabral (informativo da Câmara Municipal de Jataí - CMJ)
Data: 20/08/2009






   Protesto leva centenas de pessoas às ruas  

     Uma passeata realizada no último dia 21 de agosto levou centenas de pessoas às ruas do Centro de Jataí para protestar contra a situação em que se encontra o inquérito que apura o assassinato do empresário Oriton de Souza Cardoso e de sua funcionária Adnalva Souza Dias, ocorrido no final de abril deste ano.

    Portando faixas e cartazes, usando adesivos e camisetas, os manifestantes pacificamente pediam a solução do crime e que a justiça fosse feita. O inquérito foi remetido à Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), de Goiânia, e, segundo os parentes das vítimas, encontra-se parado. “Queremos que a investigação volte para Jataí, para que caminhe com maior velocidade”, disse Lenira de Souza Cardoso, irmã de Oriton e uma das organizadoras da manifestação.

     Os parentes lembram que o caso do produtor rural Laerte Furtado de Gouveia, vítima de homicídio praticamente na mesma época, foi resolvido pela polícia de Jataí rapidamente. Os acusados foram presos e estão esperando julgamento.

     A passeata/carreata teve início na Auto Escola Senna, na Rua Olavo Bilac, e desceu pela Avenida Rio Claro, virando à esquerda na Avenida Goiás. Passou pela Rua Zeca Lopes e Avenida Dorival de Carvalho. Depois de subir a Avenida Brasil, os manifestantes entraram na Rua Castro Alves e encerraram o protesto na Praça da Bandeira, em frente à entrada da Câmara Municipal de Jataí.

     Os vereadores Geovaci Peres e Mauro Bento Filho, além do presidente do legislativo jataiense, Gênio Eurípedes, recepcionaram os parentes e amigos das vítimas do duplo homicídio. Geovaci colocou-se à disposição para cobrar celeridade no processo. Mauro Filho também destacou a solidariedade do parlamento e completou: “Vamos fortalecê-los com o poder desta casa”.

     Gênio Eurípedes afirmou que o evento foi apenas o “primeiro passo para mostrar à comunidade que estamos alertas”. Ele ressaltou ainda que ninguém está imune à violência. “Todos temos que engrossar o coro contra esse estado de coisas. Crimes podem acontecer com qualquer família”, declarou.

     O presidente da Câmara informou que os registros sobre a manifestação e também uma cópia do abaixo-assinado organizado por parentes e amigos serão enviados ao governador Alcides Rodrigues e às autoridades ligadas à segurança pública no estado de Goiás. “A justiça é cega, mas não é surda”, disse Gênio.

     Sobre a atuação da polícia, Gênio não culpa os agentes. “A polícia é operosa, mas a estrutura é falha. Tem que ser melhor aparelhada”, ponderou. “Mas é preciso pressa para que não se esqueça do crime. Se forem necessários outros atos como este, nós faremos”.
 
Reportagem: Francisco Cabral (informativo da Câmara Municipal de Jataí - CMJ)
Data: 25/08/2009
 
 
 
 
 

   Luta por Justiça  
Família e amigos de empresário e sua funcionária, assassinados há mais de quatro meses realizam protesto pelas ruas da cidade clamando por justiça
 
     Um ato público, em forma de carreata, foi realizado no dia 21 de agosto em protesto à demora nas investigações do inquérito policial do assassinato do empresário e agropecuarista, Oriton de Souza Cardoso, e de sua funcionária Adinalva Souza Dias. A manifestação foi organizada pela irmã do empresário, Lenira de Souza Cardoso.
 
     O crime ocorreu no final do mês de abril, sendo os corpos encontrados em uma mata, próximo à Fazenda Ariranha, na BR-364. Segundo resultado da perícia, os corpos estavam em avançado estado de decomposição, tinham perfuraçõs de balas na cabeça e, ainda, sinais de tortura.
 
     A concentração de pessoas foi organizada na Rua Olavo Bilac nº. 11, em frente à empresa Auto Escola, de propriedade da família do empresário assassinado, de onde seguiu pelas principais ruas da cidade. Uma parada foi feita, por alguns minutos, em frente à Delegacia da Polícia Civil, onde os participantes gritaram por justiça. O encerramento do protesto aconteceu em frente à Câmara Municipal de Jataí, com o pronunciamento de vereadores, entre eles, o presidente da câmara Gênio Eurípedes, Geovaci Peres, Mauro Filho e João Rosa. O Vereador e presidente do Legislativo prometeu empenho na cobrança das autoridades, com urgência na elucidação deste caso.
 
     A cada rua percorrida, eram colhidas assinaturas das pessoas no abaixo assinado. O ato público teve o apoio dos comerciantes, que baixavam suas portas e aplaudiam a passagens dos manifestantes, e ainda dos moradores que saíam nas portas de suas casas em respeito e apoio às famílias. Outras pessoas, em situação parecida, que também tiveram parente assassinado e o crime não esclarecido também participaram do manifesto carregando foto do jovem Jéferson de 14 anos assassinado a quatro meses.
 
     Os familiares e amigos das vítimas cobram da polícia solução para o crime que chocou a população do município e que está completando quatro meses sem solução. Até hoje, ninguém foi indiciado pela autoria do duplo homicídio. “Queremos com este manifesto comover a justiça e a população, e pedir que se alguém souber de alguma coisa que não fique com medo, ajude a polícia para que ela também possa nos ajudar elucidando esse crime. Tudo que nós queremos é que a investigação volte pra Jataí, em Goiânia se torna mais difícil, é muito longe e não tem como a gente ficar acompanhando. No início era um seqüestro, então houve a participação da polícia especializada, mas quando se descobriu não tratar de seqüestro, não tinha mais porque o processo ficar lá em Goiânia. Por isso fiz um abaixo assinado que vou encaminhar ao Ministério Público, a partir de terça feira, dia 25 de agosto, pedindo a Juíza e ao promotor que nos ajude a trazer o processo para Jataí”, disse Lenira, irmã do empresário assassinado. “Gente é preciso descobrir quem fez essa maldade com meu filho, ele não merecia isso não, meu filho sempre foi muito trabalhador. Eu quero justiça, doa a quem doer, eu quero ver eles na cadeia com fé em Deus. Eles podem ter muito dinheiro, mas nós temos Deus acima de nós e a comunidade também não vai nos deixar sozinhos”, desabafou dona Luiza Aparecida, mãe do empresário. “Nós só queremos que a justiça seja feita, que venha logo o esclarecimento desse caso porque a dor que estamos passando é demais. Nós queremos somente que justiça seja feita. Se esse caso estivesse aqui em Jataí com certeza já teríamos uma solução e seria mais fácil pra gente acompanhar o caso”, falou Ronério Silva, esposo da Adinalva. “Estou aproveitando essa manifestação para pedir que o caso do assassinato do meu neto Jéferson de Souza de Jesus também seja resolvido, ele foi assassinado a pedradas a quatro meses e nada foi feito para resolver o caso, ele ficou todo acabado, irreconhecível, até agora não sabemos de nada, e alguma coisa precisa ser feito, meu neto só tinha 14 anos era uma criança, ele morava comigo e era muito bom menino. As pessoas que fizeram isso com ele tem que pagar. Ele não tinha vivido nada ainda era só uma criança, por isso eu peço as autoridades que olhem com carinho para esse caso também, por favor, eu peço que me ajudem.” Desabafou emocionado o senhor Manoel Vieira (avó de Jéferson).
 
Reportagem: Carlúcio G. Assis (publicada, originalmente, no site Jornal da Cidade de Jataí)
Data: 22/08/2009