Suspeito de homicídios e tráfico morre em ação de moto misteriosa

"Na quinta-feira, dia 21, pai e filho são assassinados em Jataí". O jornal Liberais trouxe essa manchete em sua edição nº 113 (de 23/10 e 07/11/2010) 

"Pai e filho são assassinados em ação de moto misteriosa", foi o título principal da matéria do jornal Liberais referente a cobertura do crime de Wilson Júnior "Wilsinho" ou "Juninho"

      A MATÉRIA - O assunto que dominou Jataí, na sexta-feira, 22 de outubro foi o fato lamentável ocorrido na noite anterior, quinta-feira, 21, por volta das 19h15min. Dois elementos, pilotando uma moto preta (marca descrita como sendo uma Honda) emparelharam-se ao carro, um gol branco, conduzido por Wilson Mendonça Gama Júnior que, naquele momento, trafegava lentamente em frente à praça da igreja Catedral (Rua Inácio José de Melo, trecho entre a Avenida Marechal Rondon e a Rua Minas Gerais, bairro Divino Espírito Santo) e deram cerca de três tiros para dentro do automóvel pelo lado do passageiro. Isso já no meio do quarteirão, quase em frente ao Bar do Fabinho. O carro desgovernou-se, mas continuou andando. Os elementos, então, fizeram a volta e emparelharam, novamente, dessa vez pelo lado do motorista e o garupa, que efetuou os disparos (descrito como sendo bem jovem, em torno de 18 anos, branco, meio magro, trajando calça jeans e camiseta) levantou o capacete e ergueu-se do bando para ter mais acesso de visão ao interior do carro e disparou mais duas vezes sobre o motorista (a arma seria um revolver 38 de cano bem longo: “uns 50 cm” descreveu assustado com a “língua de fogo” da arma uma das testemunhas). Pessoas que estavam no bar ou passando pela rua naquele momento chegaram a pensar tratar-se de brincadeira devido à velocidade do acorrido. O carro abalroou de leve em um Fiat Uno Mille que estava estacionado e parou ao chocar-se na traseira de outro veículo quase na rotatória da Rua Inácio José de Melo com a Minas Gerais. Os elementos na moto, então seguiram o trajeto, tranquilamente, e foram embora. Pessoas correram em direção ao carro para ver o que tinha acontecido com os ocupantes. O proprietário do Fiat Uno Mille, abalroado de leve,também foi ver o que tinha acontecido. Ao ver a cena de dentro do gol branco, percebeu o motorista desfalecido e ensangüentado. Também havia uma jovem com uma criança no colo ensangüentada e chorando. Ele viu sangue na cabeça da criançinha e seus olhos estufados para fora da cavidade ocular. Com isso se assustou e resolveu se afastar.

      O socorro do Samu e dos Bombeiros foram acionados, mas alguém resolveu socorrer a jovem e a criancinha em seu carro particular e os levou para o Centro Médico Municipal antes mesmo da chegada da ambulância. Uma multidão se aglomerou naquela hora que ainda não era noite devido ao Horário de Verão. A Polícia Militar e a Polícia Técnico-Científica (legista) chegaram e foram logo isolando a área. A equipe de TV local também chegou rápido e ainda conseguiu filmar o corpo do motorista dentro do veículo antes de ser retirado pelos para-médicos. Nas imagens da TV uma cena chamou a atenção: a mão do motorista mexeu levemente os dedos indicando que ele ainda não havia morrido até aquele momento. Com os trabalhos da polícia foram se esclarecendo os fatos ocorridos. O motorista tratava-se de Wilson Mendonça Gama Júnior, 26 anos, que é conhecido na cidade por ser filho do popular comerciante Wilson da Frutaria. O mesmo tinha comércio no ramo de moto peças e oficina e veio a óbito devido a ferimentos de dois tiros na cabeça. A jovem era sua esposa, Ana Cristina Xavier de Assis, 18 anos e a criancinha era o filho do casal, Kauã de apenas um ano e três meses. Ana Cristina teve ferimento de bala que acertou seu braço e transfixou sua costela e abdômen. A mesma bala que havia acertado a cabeça de seu filho Kauã fazendo com que ele perdesse massa encefálica. A Jovem submeteu-se a cirurgia e seu estado passou a ser regular até aquele momento. Já Kauã, ainda tentaram levá-lo para Goiânia de ambulância, mas o mesmo não resistiu e veio a óbito durante a viagem.

      SUSPEITOS – Wilson Júnior, ou Wilsinho, já havia sido aconselhado por sua sogra para que tomasse cuidado. A preocupação era grande com ele e com a família uma vez que o mesmo havia saído da cadeia há poucos dias. Wilson tinha uma ficha criminal que o colocava na condição de suspeito de vários crimes ocorridos em Jataí e também de ser um traficante de drogas. Para os agentes da investigação, ele era da “turma da pesada”. A polícia suspeita que o alvo dos assassinos fosse somente Wilson e não descarta também a hipótese de execução. Naquela mesma noite, as viaturas da PM e do GPT saíram em busca de três suspeitos do crime. Todos “da pesada” e com motivos para querer o passamento da vítima. Mas o principal era Lázaro Murilo,vulgarmente conhecido como “Varejeira”, jovem traficante também suspeito de homicídios e tráfico de drogas. No caso de “Varejeira” era por suas características físicas coincidentes com as do autor dos disparos.

POLÍCIA DIZ QUE WILSON JÚNIOR ERA UM DOS "MOTOQUEIROS DO ALÉM" EM JATAÍ

      Wilson Mendonça Gama Júnior ou Wilsinho, para a polícia, era comerciante de fachada. Seu ramo era moto peças e oficina. A polícia que está investigando o caso revelou que ele estava envolvido com o submundo do tráfico e das matanças popularmente conhecidas como ações da "moto do além" em Jataí (pessoas envolvidas com o mundo das drogas aparecem mortas assassinadas a tiros e testemunhas sempre dizem que os atiradores estão em uma misteriosa moto escura). Wilson Júnior disputava espaço com rivais que também se utilizam das tais ações de "moto do além" e era considerado da turma "da pesada". Só que agora ele também acabou sendo uma das próprias vítimas da moto misteriosa e o suspeito nº 1 é Lázaro Murilo, vulgarmente conhecido como "Varejeira". Outros dois "da pesada" também são suspeitos do crime por motivo de atrito com a vítima, questões essas que podem ser por disputa de regiões de distribuição de drogas ou mesmo por motivo passional.

Reportagem solicitada pelo jornal Liberais

Apuração: Sérgio Torres

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VÍTIMA TINHA HISTÓRICO POLICIAL SÉRIO. LEIA UMA MATÉRIA DE UM SITE DE CASSILÂNDIA FEITA EM 2003

Publicado dia 02/07/2003 às 09:50:00 hs

Polícia cerca rede de traficantes nos dois Chapadões

      No dia 25 de junho último a Polícia Militar de Chapadão do Céu (GO), após receber denúncia anônima, por telefone, encontrou maconha e produtos de roubo na residência de Maico Alessandro Rieger, 21 anos, nascido em Marechal Cândido Rondon (PR) e na casa de Júlio César de Jesus Goulart, 20 anos, natural de Quirinópolis (GO). Outros envolvidos foram Elissandro dos Santos Oliveira, 26 anos, natural de Ubiratã (PR), Wilson Mendonça Gama Júnior, 19 anos, nascido em Jataí (GO) e Robson Marques, 21 anos, nascido em Paranhos (MS).

      As primeiras investigações revelam ser de Elissandro a droga apreendida pela polícia em outra ocorrência, do dia 15 06 03. Entre os produtos apreendidos, além da maconha, há um relógio de pulso, uma jaqueta, um CD Player portátil “Toshiba” e o que chama atenção, um coldre da PM do Paraná, com um revólver 38, “Rossi”, com 5 balas intactas. Segundo o comandante, Tenente Divino Antônio de Oliveira, de Chapadão do Céu (GO), os traficantes e consumidores pegos no vizinho estado têm ligação com o Beto, do Big Brother, preso em Chapadão do Sul (MS), no dia 22 de junho último.

Fonte: jornal virtual Jovemsulnews
Reportagem: Fernandes dos Santos
Ano: 2003

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A vítima tinha retrospecto também criminoso e no momento de seu assassinato, estava andando na rua tranquilamente com a família. (Foto: reprodução TV)

Suspeito nº 1 apontado pela polícia: Lázaro Murilo Gomes,vulgo "Varejeira". (Foto: Polícia Militar) 

Local do crime: Rua Inácio José de Melo (bairro Divino Espírito Santo), acima da igreja Catedral e em frente ao bar do Fabinho quase chegando no cruzamento da esquina com a Rua Minas Gerais. O destaque da foto é o forro usado para cobrir o corpo da vítima e que depois da remoção foi descartado lá mesmo no local


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Exemplos do que poderia ser o tipo de arma usada no crime:

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Polícia prende suspeito de ter assassinado Wilson Júnior e seu filho Kauã

(Foto: a mesma do site da rádio Difusora)

      Flávio foi monitorado por investigadores da Polícia Civil e estava escondido em uma casa abandonada na Vila Palmeiras. Elemento tem passagens por crimes de tráfico de drogas e veio do estado do Maranhão. Flávio confessou ser o autor dos disparos e disse que agiu porque Wilson Júnior estava lhe ameaçando devido a uma dívida de R$ 250,00. Morte do bebê Kauã foi lamentada pelo assassino confesso que alegou que o objetivo era atingir apenas o motorista. A arma do crime também foi apresentada (um revolver 38 cano longo, mas bem menor do que o descrito pela testemunha do crime). Polícia ainda investiga o outro elemento que estava pilotando a moto e ainda procura por Lázaro Murilo "Varejeira", que se encontra foragido. Varejeira ainda é suspeito de ter participação no crime como mandante.