O DIA DO NASCIMENTO DE JESUS CRISTO
Jesus foi tão importante para a história que a dividiu em duas épocas: antes e depois Dele (AC e DC). Por isso contamos os anos a partir de seu nascimento (a partir do ano 1 até hoje, 2011). Ele é figura religiosa e personagem central do cristianismo (Igreja Católica, fundada por Ele, Igreja Protestante, doutrinas como o Espiritismo e outras). Está tudo registrado na Bíblia Sagrada. Para os cristãos, Jesus é Cristo, isso é, o Messias, a encarnação de Deus e o "Filho de Deus", que teria sido enviado à Terra para salvar a humanidade das trevas e de seus pecados (Cristo Redentor). Jesus foi o pregador da região montanhosa e religiosa da então Síria, província (estado) de Israel (ou Palestina), país que, naquela época, pertencia ao poderoso império romano.
A província da Síria era dividida em três regiões distritais: Galileia, Samaria e Judéia. Pouco tempo antes Dele nascer, seu "pai" José teve de fazer uma longa e cansativa viagem saindo de Nazaré (sub-região da Galiléia), que era a cidade onde ele morava com sua noiva prometida, Maria, até a cidade de seus ancestrais, a pequena Belém (sub-região da Judéia) a fim de ambos terem seus nomes registrados em um recenseamento econômico exigido por Roma do rei Herodes, o Grande (Belém também era a cidade do rei David da linhagem de José) . Maria era virgem e estava grávida perto de dar a luz.
Ao chegar a Belém, o casal tentou hospedar na única estalagem da cidade, mas não havia vaga. Muito provavelmente, o casal ficou alojado na casa de algum parente distante - os convidados ficavam no quarto de hóspedes, localizado na frente da casa. Possivelmemte, quando José e Maria chegaram, esse quarto já estava ocupado. Acredita-se que o melhor que os anfitriões puderam fazer foi alojá-los nos fundos - era comum na cidade que as casas tivessem cavernas nos fundos das casas, que servia de estábulo, onde ficava a junta de bois, usados para o transporte de cargas. Enquanto estavam por lá, Maria entrou em trabalhos de parto e deu a luz ao menino Jesus (por isso celebramos o Natal ou Natalidade do Senhor).
Certamente, o casal, José e Maria, não gostou das condições da caverna: escura, muito escura (num tempo sem luz elétrica...), insalubre, mal-cheirosa. Não era o que sonharam para o nascimento de seu primeiro filho. Foi o possível. Como uma mãe que dá a luz num camburão, Maria aceitou sua condição e ali foi feliz. Tinha que ser ali? Ali seria, com alegria e com muita simplicidade. A mãe Maria fez de uma manjedoura o berço para Ele (no local, hoje, está edificada a Basílica da Natividade). O futuro Rei dos Reis chegou ao mundo assim mesmo, em um local desprovido de luxo e em meio aos animais rurais. O Evangelho de Lucas fala de pastores que, perto de Belém, viram anjos no céu e os ouviram cantar anunciando o MARAVILHOSO acontecimento: “Glória a Deus nas alturas e na Terra; paz e boa vontade entre os homens!” (algumas traduções da Bíblia dizem: “Paz na Terra aos homens de boa vontade”).
A Bíblia também relata que vieram sábios do oriente (os três Reis Magos) para ver o Messias recém-nascido. Mas a escritura sagrada não diz se o encontro foi na gruta ou já em uma casa. A princípio perguntaram por ele na corte de Herodes. Mais tarde puderam localizá-lo, seguindo até Belém a luz de uma estrela (Estrela de Belém ou Estrela Guia). Trouxeram a Jesus oferendas de ouro, incenso e mirra. Por curiosidade, o costume natalino de dar presentes a quem se gosta veio desse ato de oferendas dos Reis Magos e a estrela que colocamos no topo das árvores de Natal (símbolo divino ligando a Terra aos Céus) representa a estrela que os conduziu para a cidade onde nasceu o menino Jesus.
Hoje em dia existem controvérsias quando ao ano e dia do nascimento de Jesus Cristo. A polêmica diz que Ele, na verdade, poderia ter nascido quatro anos antes e em dia e mês anterior a dezembro. Mas, discussões a parte, o fato é que neste dia 25 de dezembro comemora-se o dia em que Ele veio ao mundo.
No Brasil a igreja orienta a celebração da data com humildade, moderação e respeito ao próximo. Entretanto, o povo comemora com festa particular entre familiares e amigos, distribuindo presentes, bebendo e se fartando em ceia natalina.
BOAS E MÁS VISITAS AO PRESÉPIO DE JATAÍ
Foram dois momentos distintos. Quem esteve no presépio de Jataí, instalado na praça Tenente Diomar Meneses, vendo a aproximação da zero hora do dia 25 de dezembro, pôde presenciar a movimentação. Mais uma vez houve a costante invasão, desrespeito e depredação verificados nos local e até alguns lúcidos momentos de fé. O presépio foi promovido pelo Poder Público e ilustra o nascimento de Jesus Cristo com imagens (manjedoura, bebê Jesus, Maria, José, reis Magos e vaquinhas) em tamanho natural. Ele fica no gramado, ao lado da calçada da rua.
Instantes antes, por volta das 23h30min, ainda do dia 24, uma família visitou o presépio. Um casal e três filhos pequenos (dois meninos e uma menina) estavam passeando. Um dos garotos, aparentando ter uns 10 anos, parecia que estava em um parque de diversão: deu beijo nas imagens, subiu no lombo das vaquinhas como se fosse um cowboy, subiu em cima do berço do bebê Jesus e fez muitas graças. O outro, maior e mais velho, também aprontou: mexeu na imagem de José tentando arrancá-la do lugar e fez graça esbofeteando (isso mesmo, esbofeteando) o rosto do bebê Jesus imitando, de forma grotesca, um “carinho” na expressão serena do boneco.
Por volta das 23h55min, uma família passou de carro na rua e parou em frente ao presépio. Ninguém desceu do carro. A filha pequena quis saber o que era aquilo e o pai, demonstrando educação, explicou que nesse dia comemora-se o nascimento de Jesus Cristo e que aquilo tratava-se de um presépio de Natal e que estava ali apenas para ser vislumbrado.