sábado, 7 de julho de 2012

O CRIME DO CRONISTA ESPORTIVO VALÉRIO LUIZ



O goiano Valério Luiz pode ter sido o primeiro cronista esportivo a ser assassinado no exercício da profissão no Brasil. Lamentável.


        Matéria do dia 7 de julho de 2013:

     Durante o enterro na tarde do dia 6 de junho de 2012, o cronista esportivo Mané de Oliveira, pai de Valério Luiz de Oliveira e o mais popular, tradicional e comunicativo comentarista da TV goiana (leia-se Televisão Brasil Central-TBC Esportes e Equipe do Mané) bradou a todos os presentes ali e ergueu os braços para o céu como que pedindo providência divina e exaltando a quem estivesse ouvindo seu clamor através da imprensa para que não deixassem o crime ser esquecido. Foi um pedido direcionado às pessoas de um modo em geral e aos internautas para que utilizassem as redes sociais e se manifestassem ao máximo sobre a brutalidade ocorrida. O gesto, muito emocionado e dramático foi digno de um pai que estava enterrando seu filho. Triste e lamentável, o crime do Valério Luiz já se colocou na condição de um ineditismo nada honroso: é o primeiro caso de assassinato de um cronista esportivo no Brasil em pleno exercício de sua profissão. Como disse um outro cronista goianiense: “os tiros dados em Valério Luiz foram um golpe na própria crônica esportiva”.

    QUEM ERA VALÉRIO LUIZ
     Quem conheceu a figura do cronista Valério Luiz de Oliveira, 48 anos (nascido em 13 de dezembro de 1963), conviveu com uma pessoa muito crítica, mas também muito companheira e profissional. Assim dizem aqueles que foram seus colegas de profissão. O cronista era muito querido, mas polêmico. Atualmente, trabalhava como comentarista esportivo no programa Mais Esporte da PUC TV de Goiânia (antes UCG TV) e era integrante da equipe esportiva da rádio 820 AM. 

     COMO FOI O CRIME
    O crime ocorreu em Goiânia, capital de Goiás, na tarde da quinta-feira, 5 de julho de 2012. Conforme uma das inúmeras matérias a respeito, Valério saia de seu trabalho quando foi alvejado com vários disparos por um motociclista que se aproximou. 

"O cronista esportivo Valério Luiz de Oliveira, 49 anos, foi assassinado em frente à Rádio Jornal - 820 AM no início da tarde desta quinta-feira (5/7), por volta das 14h, quando ele deixava a emissora. De acordo com informações da Polícia Militar (PM), pelo menos seis tiros foram disparados contra Valério, que morreu antes da chegada do socorro médico. 'Conseguimos ver nitidamente seis tiros no carro da vítima, mas ainda não podemos afirmar quantos tiros o atingiram', afirma o tenente Martins, que atende a ocorrência. 

Segundo testemunhas que não quiseram se identificar, o cronista sofria ameaças de morte. Em entrevista ao jornal A Redação, o diretor de jornalismo da Rádio Jornal, jornalista Cassim Zaidem, afirmou que não sabia de ameaças concretas contra Valério. 'Sempre teve muita gente contrária às opiniões dele relacionadas a futebol', disse. 'Não quero acreditar que uma coisa tão pequena assim tenha motivado esse crime', comenta. 

Ainda de acordo com o jornalista, a pedido do governador Marconi Perillo, o secretário de Segurança Pública e Justiça, João Furtado Neto, escalou uma equipe para trabalhar exclusivamente no caso. O diretor de jornalismo disse ainda que a delegada-geral da Polícia Civil (PC), Adriana Accorsi, esteve no local do crime, juntamente com representantes da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH). Titular da DIH, Adriana Ribeiro está a frente do caso.

Como aconteceu
Uma testemunha que presenciou a cena prestou depoimento no local. De acordo com ela, havia um motociclista, usando um blusão azul, parado na porta da rádio há algum tempo. Quando o filho do cronista esportivo Mané de Oliveira saiu da emissora, o autor fez os disparos contra seu carro, um Ford Ka preto.

De acordo com um colega de trabalho, Valério Luiz terminou a participação no programa Jornal de Debates (das 12h30min às 14h), bebeu água e depois deixou a emissora. Em seguida, o colega ouviu os disparos. Por volta de cinco minutos depois, a ambulância do Samu chegou ao local para socorrê-lo, mas o cronista não apresentava mais sinais de vida". 
créditos para: www.aredacao.com.br
Postagem original: http://www.aredacao.com.br/noticia.php?noticias=15125 )


MANDANTE
PRINCIPAIS SUSPEITOS QUE PODEM SER APONTADOS PELAS INVESTIGAÇÕES POLICIAIS

     Pelo fato dos colegas de profissão de Valério Luiz associarem sua morte à suas opiniões duras e polêmicas como comentarista esportivo e até a própria polícia precisar seguir uma linha de investigação que leve em conta o ciclo de inimizades e ações do cronista, os principais suspeitos do crime seriam, então, os três principais dirigentes do Atlético Clube Goianiense, o Dragão campineiro.

NO CASO, O SUSPEITO NÚMERO 1 SERIA MAURÍCIO SAMPAIO
Maurício Borges Sampaio, vice-presidente executivo do Atlético Goianiense

    A situação do vice-presidente do Dragão era a de inimigo de Valério Luiz. Estava revoltado com os comentários do cronista, principalmente, os referentes à situação do Dragão no Brasileirão Série A de 2012 (último colocado). Como sócio proprietário da rádio 730 AM de Goiânia, teria proibido que um comentarista esportivo de sua emissora trabalhasse em sua rádio e no programa Mais Esportes (PUC TV) ao lado de Valério Luiz. No episódio, Maurício teria chamando seu comentarista para uma reunião em particular e dito a ele: "ou você está contra mim trabalhando lá ou está do meu lado ficando só aqui". O dirigente, dessa forma, já estaria levando a situação para o lado pessoal, o que não é apropriado para quem lida com o público e com opiniões divergentes. Outros motivos que, nos bastidores, levaram o clima entre eles a ficar intolerável precisa ser melhor apurado.


OUTRO SUSPEITO, ENTÃO, SERIA ADSON BATISTA
Adson José Batista, diretor de futebol do Atlético Goianiense

     O diretor de futebol da Atlético também estava muito revoltado com os últimos comentários do cronista. Partiu dele um pedido ao presidente e ao vice-presidente do clube para que tomassem uma providência quanto às opiniões de Valério Luiz. Graças ao pedido, a equipe de esportes da rádio 820 AM e a equipe do Mais Esportes da PUC TV, por contarem com o cronista, acabou sendo considerada persona non grata no CT e no vestiário do Dragão e impedida de adentrar as dependências dos mesmos para realizar reportagens. O um ato contra a liberdade de imprensa e de expressão. Sócios-torcedores atleticanos já revelaram que Adson e Valério tinham problema pessoal antigo.


ATÉ O PRESIDENTE DO ATLÉTICO, VALDIVINO, SERIA SUSPEITO
Valdivino José de Oliveira, presidente executivo do Atlético Goianiense

     O deputado federal, Valdivino de Oliveira, poderia ser apontado como um dos suspeitos do crime. Entretanto, torcedores estão criticando que ele, em virtude de seu mandato político, está mais afastado do centro das decisões do clube.

     Todos esses dirigentes do Atlético são suspeitos de envolvimento no crime do Valério Luiz, entretanto, apenas as investigações da polícia poderão concluir isso. Torcedores, cronistas e anônimos não têm dúvidas levando em conta tantos motivos. 

      O ATIRADOR (executor)
     O executor do crime pode ser qualquer pessoa, pois já é sabido que a morte pode assumir qualquer forma. Entretanto, as informações iniciais levantadas no dia do crime, dão conta de que o motoqueiro que ficou aguardando na porta do trabalho de Valério Luiz é um rapaz alto, magro, de pele clara e cabelo castanho claro. O tenente coronel PM, Wellington Urzêda (ex- diretor de Relações Públicas do Atlético), que está atuando nos trabalhos, declarou que o executor pode ser um menor. Para investigadores, trata-se de uma pessoa que tem experiência em atirar, pois todos os tiros foram próximos, o que mostra que o atirador tem uma boa mira (não está descartada a possibilidade de que ele possa ter treinamento militar). Normalmente, o uso de executores de moto é prática de mafiosos e traficantes pela sua forma ágil de ação. Diante disso uma questão paira no ar: estaria o cronista envolvido em questões de tráfico de drogas ou ele foi vitimado por alguém ligado a essas atividades em Goiânia? Ou nada disso, o que houve foi a necessidade de dar um troco no cronista por ele ter falado muitas bobagens e ter ofendido algum pai de família? Só a polícia para apresentar a resposta.

POSSÍVEL MOTIVADOR PARA A DECISÃO DO CRIME (ESTOPIM): SAÍDA DE DIRETORES E CRÍTICA INFELIZ

     Dentre os motivos apontados para o assassinato do cronista estaria aquele que é considerado o principal: seus ácidos comentários e suas pesadas críticas sobre os times do futebol goiano, comentários, estes, que, sempre levantavam raiva em torcedores e dirigentes. Valério sempre se valia de sua receita universal para prever o sucesso ou fracasso dos times nas competições (estaduais ou nacionais). Para ele, o time que tivesse com mais estrutura, mais dinheiro, elenco mais forte e melhor trabalho de bastidores seria o vencedor do Goianão ou se daria muito bem no Brasileirão. Graças a essa formula nada mágica, seu índice de acerto era quase 100%. Benevolente com os mais fortes e terrível com os mais fracos, Valério despertada a fúria dos times que iam mal. E foi assim, durante toda a sua carreira, que ele, ora elogiava e ora criticava feio os grandes da capital (Goiás, Vila Nova e Atlético). 
     Neste Brasileirão série A de 2012, o cronista teve a árdua missão de comentar sobre o time do Goiás rebaixado na segunda Divisão, sobre o Vila Nova afundado na terceira e sobre o Atlético Goianiense, lanterna da série A. Para não ver o único representante goiano da divisão de elite também rebaixado, Valério entendeu que o problema estava na falta da receita universal para justificar o insucesso do Dragão (elenco franco, estrutura debilitada, sem trabalho de bastidores e sem dinheiro em caixa). Não poupou o time e seu dirigentes e as críticas já estavam pesadas demais, tanto que o cronista e a equipe dos programas em que trabalhava (na TV e no rádio) foram proibidos de adentrar as dependências do Dragão para realizar reportagens. O Atlético protestou e criou uma rixa que ficou exposta para todo mundo ver. Quando o vice-presidente, Maurício Sampaio apresentou sua renuncia (dia 17/06) da diretoria e se afastou do clube, o cronista Valério Luiz teria feito o seguinte comentário em seu programa: “Em navio que está afundando é assim mesmo, os ratos são os primeiros a pular fora”. Essa expressão, que de forma em geral, enquadra qualquer diretor de qualquer agremiação que abandone um clube, justamente, em momentos de dificuldades, foi, certamente, dirigida a figura dos diretores e não a figura dos homens do clube. De qualquer forma é uma expressão infeliz, já que diretores tem o direito de sair quando percebem que não podem lidar com determinada situação. E quem foram os atingidos pela expressão? O vice-presidente Maurício Sampaio e até o tenente coronel PM Wellington Urzêda que também apresentou seu pedido de renuncia do cargo de Relações Públicas em solidariedade em amigo Maurício (dia 19/06). 
     Todos, pessoas honradas e que deram suas contribuições para o clube, mas que, devido a fatores externos, usaram seus direitos e não quiseram mais continuar. Entretanto, os próprios dirigentes renunciados também já usaram de seus direitos a livre expressão para direcionarem palavras fortes e criticar a FGF (Federação Goiana de Futebol) acusando-a de proteção ao Goiás Esporte Clube e dizendo, entre outras, que ela usa a "camisa verde". No caso, isso também poderia ser expressões infelizes que atingem as decisões da entidade e não as pessoas honradas de seus diretores. Enfim, sempre falta bom senso quando a paixão fala mais alto. É sempre assim no futebol.

ELEMENTOS QUE REFORÇAM AS SUSPEITAS
    No caso, as suspeitas sobre os principais dirigentes do Atlético são todas levantadas devido a própria postura do clube que se zangou e se ofendeu profundamente com os comentários e resolveu baixar uma portaria impedido o acesso da equipe de esportes de Valério Luiz às dependências do clube e a crítica infeliz feita pela saída dos dirigentes. Conforme a nota:

"Mais Esportes é proibido de entrar nas dependências do Atlético

A partir de hoje, dia 20 de junho de 2012, a equipe do Mais Esportes está proibida de entrar nas dependências do Atlético. A determinação é do presidente do clube, Valdivino de Oliveira. Segundo Valdivino de Oliveira o Atlético se sentiu ofendido por opiniões emitidas pelo comentarista Valério Luís. Em reportagem exibida dia 18 de junho Adson Batista, diretor de futebol do Atlético, disse que não falaria mais com nossa equipe por causa de Valério Luís. Adson disse que enquanto esse profissional estiver no Mais Esportes ele não fala conosco..." 


EM ENTREVISTAS, DIRIGENTES ATLETICANOS DÃO PISTAS DE SUAS PERSONALIDADES

Maurício Sampaio fala mal de seu time

     Em 28 de março de 2011, após uma derrota do líder Atlético para o arquirrival Vila Nova, o vice-presidente do Atlético Goianiense, Maurício Sampaio, deu uma entrevista ao repórter Guaracy Neto, do programa Rádio Jornal 820 AM, criticando, pesadamente, seu próprio time.

“...Eu faço a crítica, pois, quem assistiu o jogo viu que o Vila Nova mereceu um placar até mais elástico. Infelizmente, volto a repetir como em outras entrevistas, o Atlético não veio a campo. Estava com salto alto. Como vice-presidente do clube vou dizer que eles estavam de salto alto e que não reconheceram o adversário. O Vila Nova veio pra cima e o Atlético não jogou nada. Estava nababesco achando que o fato de estar a 10 pontos a frente do Vila fosse alguma coisa. Perdemos! E perdemos pela incompetência e falta de garra. Nossos volantes não marcaram e ficaram a distância. O Queninha, um baita jogador, entrou para dentro da marcação e não conseguiu jogar. Infelizmente foi o que vimos aqui. Parabéns ao Vila Nova que teve competência! Futebol é isso. Infelizmente, nossos jogadores, as vezes por estarem preocupados com outras coisas, não vieram a campo..."

Adson Batista fala sobre Maurício Sampaio

     Em 21 de setembro de 2011, o diretor de futebol, Adson Batista, foi entrevistado pelo programa Mais Esportes (PUC TV) e, ao ser perguntando sobre qual seria sua opinião sobre o vice-presidente atleticano, Maurício Sampaio, deu a seguinte opinião: 

“Pra mim, falar do Maurício Sampaio ficaria até parecendo puxação de saco e eu não sou puxa saco. Tenho personalidade. Falo o que penso. O Maurício é uma pessoa excepcional e eu diria que, no Atlético, é a pessoa que mais me apoiou até hoje, principalmente, na filosofia implantada que é para estruturar o clube. Não que o presidente não pense assim, mas o presidente preocupa-se com outras coisas. Cada um tem um foco. O Maurício entendeu, desde o início, que clube sem estrutura e sem organização não vai a lugar nenhum. Foi a pessoa que mais me apoiou com sua estrutura (ideias) e com sua maneira de pensar. O Maurício é um irmão, um grande amigo e uma pessoa que eu considero e respeito muito. O que eu mais gosto nele é sua sinceridade e, principalmente, por não ser uma pessoa vaidosa. A vaidade, no futebol, atrapalha e estraga tudo. Então eu não vejo defeitos no Maurício. Não que exista perfeição, mas as qualidades dele são importantíssimas, principalmente, para o Atlético que é um clube que está buscando seu crescimento no dia a dia”.


SEGUNDA HIPÓTESE: CRIME POR PAIXÃO DE TORCEDOR

Valério e a incrível cena mostrando a cueca (vermelha) em resposta a telespectadores

     Uma das hipóteses que não pode ser desprezada é a de que o crime possa ter sido cometido por algum torcedor atleticano revoltado pelas críticas dirigidas a algum dos dirigentes. No caso de Maurício Sampaio, sabe-se que ele é muito querido no clube e que por saber falar a língua do torcedor, é o único dos três principais dirigentes que nunca foi xingado. Nessa hipótese, o assassino poderia ter “tomado as dores” do diretor Maurício Sampaio. 

    Também há o acontecimento marcante ocorrido no início do último mês de maio ao vivo no programa Mais Esportes da PUC TV. Alguns telespectadores enviaram mensagens levantado uma polêmica: ou o Paulo César (do programa) ou ele, Valério Luiz, estariam “usando uma cueca verde” (falando bem do Goiás Esporte Clube e mal dos demais times). Isso, ao fazer seus comentários de cronistas. De forma irreverente e provocadora, Valério Luiz, resolveu levantar-se da cadeira (na verdade ele disse antes nos bastidores que iria fazer aquilo) e exibir, para as câmeras, qual a cor da cueca que estava usando naquele momento e dar um fim a polêmica. Ao mostrar parte de sua roupa íntima - para a preocupação de seus colegas no estúdio - o cronista mostrou a cor vermelha (cor do Vila Nova). O gesto abrupto foi feito de forma até inocente, mas acabou pegando mal junto aos torcedores. Ficou sem sentido, pois, pelo que se sabe, Valério se declarava torcedor do Atlético. Ele sempre foi assim, duro com os desconfiados e por isso mesmo, pode, em algum momento e sem querer, ter ofendido alguém.

   Se levar em conta os recentes assassinatos cometidos contra torcedores em Goiânia (torcedor do Vila Nova atirando em torcedor Goiás e vice versa), essa hipótese para o crime ganha mais força.


TERCEIRA HIPÓTESE: CRIME PASSIONAL
    As investigações da polícia também estão levando em conta a possibilidade do crime ter sido por motivo passional.






MANÉ DE OLIVEIRA DISSE QUE SABE QUEM MANDOU MATAR SEU FILHO
     O brado de lamento ecoou no ar: “Mataram meu filho, eu sei quem foi que mandou matar meu filho. Porque ele (o mandante) está fazendo isso comigo?”, de Mané de Oliveira, cronista esportivo.

     O pai, muito emocionado, vem se apresentando em entrevistas falando da tragédia ocorrida com seu filho e revelando que ele mesmo já foi inúmeras vezes agredido por seus comentários de cronista. "Já fui agredido por dirigentes de equipes muitas vezes, por trás, pela frente, mas sempre terminamos como amigos. No futebol a gente briga, mas é como se fosse uma briga de irmãos", desabafou. Mané de Oliveira também vem dizendo de sua grande dor pela maldade e brutalidade que fizeram com filho. "Essa dor que estou sentindo eu não queria nem que a pessoa que mandou matar meu filho sentisse. Só quem perde um filho dessa forma pode saber que dor é essa".