quinta-feira, 30 de abril de 2009

Empresário e secretária são encontrados executados



Imagem: montagem com fotos captadas em pesquisa na internet



AS VIDAS DE ORITON E ADINALVA, PATRÃO E FUNCIONÁRIA, TIVERAM UM DESFECHO TRÁGICO. O QUE TERIA ACONTECIDO?



     Empresário e secretária são encontrados mortos em matagal      

     A polícia encontrou nesta terça-feira, 28 de abril, os corpos do empresário Oriton Souza Cardoso, de 37 anos, e da secretária dele, Adinalva Souza Dias, de 25. Os dois estavam desaparecidos desde a manhã de sábado, dia 25, depois de terem saídos da empresa em que trabalhavam, na Av. Said Abdalla, na Vila Paraíso, em Jataí.

     De acordo com o comandante do 14º CRPM e 15º BPM, coronel Ednilson Nicolau dos Santos, o piloto de uma aeronave que fazia pulverização de uma lavoura de sorgo avistou o veículo do empresário, uma caminhonete F-250, prata, placa de Jataí, numa mata ao lado da lavoura de sorgo Fazenda Ariranha, localizada às margens da BR-364, em frente ao trevo de acesso a GO-184, e acionou a polícia ligando para o serviço de Emergência 190. A moto Honda Biz 125, preta, de propriedade da secretária, também foi localizada a alguns metros da caminhonete.

     Assim que confirmou o encontro dos veículos a PM informou a Polícia Civil. Primeiro foi encontrado o corpo de Oriton, que estava a cerca de 40 metros da caminhonete, dentro da mata, logo em seguida foi encontrado o corpo da secretária, a cerca de 150 metros do cadáver do empresário. No local, a polícia encontrou cordas e uma faca. Os dois corpos foram encontrados em avançado estado de putrefação o que leva a polícia a acreditar que eles tenham sido mortos, provavelmente no mesmo dia do desaparecimento. Comunicados familiares compareceram ao local e fizeram o reconhecimento dos corpos.

     Como nenhum objeto de valor foi levado das vitimas, a policia, em tese, descarta a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). Cheques, documentos, objetos pessoais e as roupas do empresário e da secretária também foram encontrados no cenário fatídico.
     Conforme o delegado Regional da Polícia Civil, doutor Carlos Raimundo Lucas Batista, a polícia suspeita de execução e investiga várias hipóteses para o crime. Uma equipe da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) também está em Jataí e colabora nas investigações. Desde segunda-feira, equipes do GRAER da PM e do GT-3 da Polícia Civil colaboravam no trabalho de buscas por meio de patrulhamento aéreo no município e adjacências.


As vítimas foram assassinadas com tiros na cabeça

     Após os primeiros levantamentos periciais os corpos foram levados pelo IML até o Cemitério Jardim Bom Pastor, onde foi realizada a necrópcia, pelo medido legista Wilson de Lima Filho, do IML de Jataí. Acompanhamos “in loco” o trabalho necropsial e ao final ouvimos o medico que nos esclareceu o ficou constatado. Segundo o médico, as vítimas foram mortas com um tiro na cabeça, cada. O corpo do empresário também apresentava, no pescoço, uma lesão perfuro-cortante, provocada por arma branca.
     No início da madrugada de hoje (29), a urna com o corpo do empresário Oriton Souza Cardoso, foi levada pelo IML, à Goiânia, onde, através de ráio-x, na sede do Instituto Médico Legal, foi encontrado o projétil de arma de fogo no crânio do empresário.

Reportagem: repórter policial Valdison Borges (publicada, originalmente, no site da Rádio Difusora de Jataí)
Data: 29/04/2009








     Polícia ouve famílias de empresário e secretária    
Oriton Cardoso e Adinalva Dias foram encontrados mortos em matagal de Jataí. Eles estavam desaparecidos desde sábado


     Pelo menos três pessoas ligadas ao empresário Oriton Souza Cardoso, de 37 anos, e à secretária dele, Adinalva Souza Dias, de 25, foram ouvidas, ontem, pela Polícia Civil. O casal foi encontrado morto na tarde de terça-feira em um matagal próximo a uma lavoura de sorgo, localizada na Fazenda Ariranha, às margens da BR-364, em Jataí. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

     O delegado Douglas Pedrosa, da Deic, ouviu Cyntia Cardoso, mulher de Oriton, e Onério Silva Moraes, marido de Adinalva. O conteúdo dos depoimentos está sendo mantido em sigilo para não atrapalhar as investigações. A terceira pessoa que prestou depoimento seria o sócio de Oriton, mas a informação não foi confirmada pela polícia.

     De acordo com o delegado regional da Polícia Civil, Carlos Raimundo Lucas Batista, a polícia suspeita de execução e motivos passionais, mas também investiga outras hipóteses para o crime. “Estamos colhendo informações, mas sem nenhuma conclusão”, disse o delegado Carlos Batista.

     Conforme o laudo do médico legista Wilson de Lima Filho, cada uma das vítimas foi executada com um tiro na cabeça. O corpo da secretária foi sepultado na noite de terça-feira e o do empresário, ontem de manhã. A família de Oriton fala pouco sobre o assunto. O empresário, proprietário de uma loja de suplementos agrícolas, tinha três filhos de um casamento que durava mais de 15 anos.

     De acordo com o irmão da secretária, Abdias Augusto Dias, de 22, Onério e Adinalva eram casados há 2 anos, mas estavam juntos há 13 anos. Eles não tinham filhos. Abdias não acredita que a irmã, que trabalhava há 5 anos na empresa, e o patrão mantinham um relacionamento amoroso.

     Na madrugada de ontem antes do velório, o corpo do empresário Oriton, foi levado para o Instituto Médico-Legal, em Goiânia, onde exames detectaram uma perfuração de bala no crânio do empresário. O projétil ficou alojado no tórax. O corpo do empresário também apresentava lesão com perfuração no pescoço provavelmente provocada por objeto cortante.

     O casal desapareceu no sábado. Oriton teria saído às 10h20 da loja e Adinalva, que fechou o estabelecimento, 20 minutos depois. Onério Moraes fez boletim de ocorrência na tarde de domingo para informar o sumiço da mulher. A família de Adinalva chegou a suspeitar que ela estaria grávida de três meses. O médico legista Wilson de Lima Filho desmentiu a gravidez.

     A polícia investiga se as vítimas foram executadas em outro lugar e jogadas no matagal. Como nenhum objeto de valor foi levado do empresário e da secretária, os policiais descartam a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). Cheques, documentos, objetos pessoais e as roupas das duas vítimas foram encontrados no interior da caminhonete Ford-250, com placa NKA-3433.


Reportagem: Douglas Torraca (publicada, originalmente, no jornal O Popular, de Goiânia)
Data: 30/04/2009






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